terça-feira, 17 de junho de 2014

Uma Reflexão Sobre a Escola de Nossos Dias

As escolas de qualquer sociedade refletem os padrões da própria sociedade que as abrigam e as mantêm. Neste sentido,  estaremos refletindo um pouco, o que está priorizado, pregado, nesta sociedade.  Sabemos que a estrutura da família está sendo atacada; se as âncoras de comportamento estão sendo removidas; se  o encorajamento à disciplina pessoal tende a desaparecer; se o individualismo, as coisas, e não as pessoas são importantes neste momento, as escolas são meras comunidades nas quais encontraremos a mesma formação, mesma deficiência, mesmas mazelas morais. Sociedades disciplinadas e preservadoras de padrões morais  abrigam, escolas disciplinadas, equilibradas, incentivadoras da moralidade; sociedades  permissivas, escolas permissivas, pais fracos,  estudantes débeis e fracos também.
 “ No meio de nossa sociedade, com bases morais cada vez mais desacreditadas e atacadas, e, na grande maioria, são pais que não cuidam, não são atalaias da família, não querem mais “gastar” tempo, ou como eles mesmos afirmam: “ Não vou ficar vindo a escola mais não, porque, eu, tenho mais o que fazer. Eu, “trabalho.”    Fica muito difícil uma harmonia, um caminhar bem, desta instituição.”
 Se procurarmos,  nas escolas, alguma orientação comum, alguma corrente de pensamento identificável, alguma filosofia predominante nelas e na formação pedagógica das últimas décadas, esbarraremos no CONSTRUTIVISMO. Construtivismo é a teoria do pensador suíço Jean Piaget, que considera o conhecimento como sendo resultado das interações da pessoa com o ambiente onde vive. Neste conceito, todo conhecimento é uma construção que vai sendo formada, firmada, desde a infância, no relacionamento  com os objetos físicos e, ou culturais que as crianças entram em contato. Resumindo meio que de maneira rasa e simples. O professor, só é um agente facilitador do conteúdo. Com tantos métodos, teorias, quando na verdade neste pós-modernismo, nós, não estamos identificados em nenhuma linha de trabalho, de pesquisa. O que é real para todos nós? Que navegamos sem destino. Tudo fazemos em sala, passamos mais parte do tempo fazendo ajustes de concentração, de acolhimento, de  auto estima deste aluno, e nos perdemos nas lições e  nos conteúdos.
Não sabemos onde temos ou queremos  chegar.  Antes, todos nós professores, tínhamos em nossa bagagem a necessidade de ser referência, de sabermos no mínimo o que queríamos com o nosso aluno. Deixa-lo autônomo, crítico, competente nos conteúdos estudados em sala, para que este, pudesse  entrar para o mercado de trabalho, e pudesse se  tornar um cidadão  de bem, para esta sociedade em que estamos todos inseridos. Hoje, temos nos desgastado tentando administrar todos os tipos de carências, de fraquezas, de agressividades, de inseguranças, de falta de amor, de falta de educação, de falta  respeito, de uso  drogas, da falta de limite de 70% do alunado. Ouço todos os dias: "Dou tudo a meu filho, o melhor celular, é dele, e o que é que  ele faz? Não me respeita,  não estuda só me dá trabalho, não dou mais conta dele...   blá , blá, blá, blá".
Gostaria de ressaltar neste texto, que não tenho nenhuma dúvida em  dizer , em afirmar, que o fator predominante de todos estes problemas, chama-se: Pais fracos, sem pulso, sem nenhum tipo de afetividade, sem direcionamento. O que Deus lhes entregou,  para serem responsáveis, não cuidam. Toda regra tem  exceção. Há  portanto, uma média de 30% de pais comprometidos com a educação integral do seu filho(a).
Para os  Pais. Vocês pais, vão observar tudo isso passivamente? Vão continuar desinteressados na forma de educação dos seus filhos, confiando  que é a escola a principal responsável pela formação moral, social e espiritual do seu filho? Há um grande equívoco da sua parte.  A educação vem do berço, esta é uma máxima que nunca devemos esquecer.
Muitos pais tem perdido o controle do filho já na primeira infância, o que dizer então da adolescência? Deixo um texto para reflexão;
I Timóteo 5:8 “ Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior que o descrente”.
Efésios 6:4 “ E vós, pais,....criai os vosso filhos na disciplina e na admoestação do Senhor” .
Digo aqui, o que ouço muito de muitos. “Eu, o mando estudar, eu ensino, eu mando ir a igreja, eu brigo, eu proíbo....” mas, não tem dado testemunho, não tem acompanhado diuturnamente os passos, isto é admoestação, e acima de tudo, não tem lhe dado atenção, para conversar, sair juntos, compartilhar as coisas boas ou ruins da vida como uma família comum faz.
Encerro perguntando: Qual é mesmo então, o papel da escola? Sempre foi e  sempre será o seu papel primordial, transmitir ao educando o conhecimento  científico. Exemplo: Ensinar História, Matemática, Português, e por aí vai.  Outros fatores acontecem naturalmente. A socialização, a interação com professor e colegas, as reflexões críticas dos comportamentos etc.
Hoje, a dispersão, o descaso de muitos  pais, este poder imenso das mídias, (celular na mão)  de crianças, tendo todo tipo de acesso a qualquer notícia sem nenhum monitoramento dos pais, são os grandes vilões das escolas, e conseguinte da educação, especialmente em Teixeira de Freitas, que é onde trabalho há 22 anos como educadora.

Nenhum comentário: