segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sou fora, o que sou dentro de casa.

A Vida Cotidiana. 


A vida cotidiana, é um conjunto de atividades que caracterizam as reproduções particulares criadoras de possibilidades totais e permanentes, de uma produção social. Sociedade nenhuma pode existir sem uma produção particular. E, Não há homem particular, que sobreviva sem sua própria reprodução ou sua produção particular. Em toda sociedade, há pois uma vida cotidiana. Sem ela, não há sociedade. Conclui-se pois, que todo homem deve ocupar então este seu espaço particular. A família é o centro organizacional da vida cotidiana. A família é quem educa, ela é a base de todas as produções, e operações. É o lugar de partida, e é, o ponto de retorno. Nossa casa é por tanto o início e o fim de nosso desenvolvimento, de nossa autonomia. É na família que se determina as relações mais imediatas entre o homem e a mulher. 

Resgatar a vida cotidiana é uma coisa muito mais difícil do que poderia parecer a uma simples vista. Se faz necessário vive-la, submergir nesta realidade todos os dias, para a partir daí então, se fazer o resgate, ou ajustes nesta família. Geralmente, os problemas familiares, precisam de uma pessoa externa ao problema, que possa fazer algumas observações, e interferências, de forma mais objetiva e precisa a este grande mundo que os rodeia. Sua casa, sua família. Há uma importância vital de reconstrução da esfera cotidiana, de uma casa, na vida de qualquer homem. Fica quase que impossível, fazer consertos dentro de um lar, se a família não resgata uma rotina, uma vida cotidiana, arrumada em seus afazeres, suas etapas, distribuídas com todos dentro de casa. O meio social em que vive a pessoa, vai repercuti, diretamente e vai depender do seu desenvolvimento cotidiano. (Rojas Soriana, A Ruiz del Castilho. Plaza y Valdés Editores. México 1991 ) 

Temos visto uma sociedade doente, e devemos reconhecer a importância de como esta pessoa foi criada, foi formada. Ela, por certo vai responder aos estímulos de sua casa. A vida cotidiana de uma pessoa pode ser considerada como um conjunto de atos que desenvolvemos mecanicamente de forma rotineira de ver a vida, e de enfrentar os problemas diários de nossa vida. Muitas vezes, me deparo com cada tipo de mãe, de aluno, na escola que trabalho, na igreja que frequento. Meu Deus!! esta pessoa, não sabe cuidar nem dela mesma.. como pode dirigir uma outra vida? como pode orientar alguém, quando a vida dela, é uma bagunça? Os filhos não tem menor respeito, são alunos desorganizados, desmotivados,são crianças solitárias, perdidas dentro da sua própria vida cotidiana, dentro da sua própria casa. Tem meninos que comem na primeira refeição, cheeps! sabem o que é uma mãe, dá cheeps, permiti que eles saiam de casa, sem nenhuma refeição, para estimular o cérebro? meninos que não fazem nenhum dever proposto pelos professores,meninos que ficam em casa dormindo, quando a mãe sai para trabalhar.. e ela, "não se dá conta" de que ele frequentou ou não, as aulas daquela semana...Diante de leituras que fazemos, diante das vivências ao longo destes anos que temos, chego a seguinte conclusão:Uma família, que não administra bem sua vida cotidiana dentro de casa, nas pequenas coisas, do dia a dia da família... Como pode partir para outros aprendizados, outras elaborações, se estes detalhes, da vida simples, não foram aprendidos? não foram praticados dentro de casa? crianças, que não colaboram com nada dentro das suas famílias, vão colaborar dentro de uma escola?, com seus professores? Não. definitivamente não. Então... escrevem mal, leem mal, elaboram mal, não prestam atenção alguma, em aula nenhuma... e os professores simplesmente, se perdem com tantos desacertos em todas as áreas da vida emocional, existencial, e intelectual dos seus alunos. Enquanto, a rotina destes, não forem restauradas, enquanto esta rotina, não for refeita, a partir dos seus pais, dentro da sua casa, nos seus pequenos detalhes... A sociedade continuará doente, e os lares levando todas estas mazelas, para dentro das escolas. ( este texto foi refletido a partir de uma tese de doutorado dos mestres: Maricel Alba Rebollar Sanchéz e Maria Dolores Córdova Llorca. La  Habana Cuba .

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